quinta-feira, 9 de junho de 2016

Curitiba fica em terceiro em ranking das cidades inteligentes



Embora tenha o projeto do Ecoelétrico (foto), o incentivo a energias limpas e renováveis é um dos pontos fracos da cidade no ranking. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Embora tenha o projeto do Ecoelétrico (foto), o incentivo a energias limpas e renováveis é um dos pontos fracos da cidade no ranking. Hugo Harada/Gazeta do Povo

Capital paranaense subiu duas posições na lista das Connected Smart Cities, que  avalia potencial

de “inteligência” municípios brasileiros

Por Naiady Piva


Curitiba subiu duas posições no ranking Connected Smart Cities. A cidade ficou em terceiro, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro na lista de cidades inteligentes. O bom desempenho em urbanismo e governança garantiram a boa colocação à capital paranaense. O prêmio leva em conta outras nove aspectos da gestão urbana, como saúde, meio ambiente e tecnologia. O resultado foi anunciado na manhã desta quarta-feira (8), no evento que dá nome à classificação, no Rio de Janeiro.
O prêmio avalia o potencial das cidades de tornarem-se inteligentes, ou seja, a capacidade do município de produzir respostas aos problemas urbanos. De fazer das soluções polos geradores de desenvolvimento. “Ela não vira inteligente porque comprou um sistema de rastreamento de automóvel. A cidade é um organismo vivo que busca incorporar inteligência, tecnologia para garantir qualidade de vida e sustentabilidade econômica”, explica Thomas Assumpção, presidente da Urban Systems, consultoria que elaborou o ranking em parceria com a Sator.
No quesito governança, a transparência de dados e existência de conselhos de monitoramento mantiveram a cidade no primeiro lugar. A cidade é 7.º lugar na Escala Brasil Transparente (EBT), elaborada pela Controladoria Geral da União (CGU). No “Ranking da transparência” do Ministério Público Federal (MPF), a cidade lidera. O secretário do Governo Municipal, Ricardo Mac Donald Ghisi, vê como um reconhecimento. “É uma série de ações voltadas para a gestão. O básico é a gestão transparente e participativa, por isso temos estes prêmios”.
O incentivo a energias limpas e renováveis é um dos pontos fracos da cidade, no ranking, na opinião de André Telles, do iCities. A cidade de Palmas, no Tocantins, levou primeiro lugar na região Norte graças uma nova lei de incentivos. Empresas que investem em infraestrutura sustentável (como instalação de células fotovoltaicas e calha para recolher água da chuva) ganham desconto em impostos municipais.
O projeto Ecoelétrico, em Curitiba, é uma boa iniciativa que pode ser um impulso para iniciativas em energia. O projeto que incorpora veículos elétricos à frota pública é uma parceria entre município, as empresas Renault e Itaipu, e o centro de pesquisas Ceiia. Desde sua criação, em 2014, já poupou a emissão de 12.264 quilogramas de gás carbônico na atmosfera, segundo dados do site oficial do programa. Para André Telles, é o tipo de ação que “faz com que o município entenda melhor o conceito de cidades inteligentes e o coloque em prática”.

Fonte: Gazeta do Povo

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